Oi, como vão vocês?


In My Life by Rita Lee on Grooveshark

Essa noite eu demorei a dormir e fiquei pensando em quanto tempo faz que eu não venho aqui, não dou notícias e não escrevo nada - sobre mim, sobre coisas que eu andei vendo por aí, sobre uma música que eu ouvi e me encantou, ou sobre qualquer aleatoriedade que bateu de frente com meu cotidiano e me chocou. Já perdi as contas de quantas vezes eu escrevi pedindo desculpas pelo abandono, prometendo voltar pra ficar e nunca deu muito certo, né? O fato é que me dói cada vez que eu entro no facebook e tem uma notificação dizendo que alguém curtiu a página do blog. Dói porque eu cuidei tão bem daqui por um bom tempo e depois simplismente deixei passar, como se uma parte importante de mim não tivesse ficado aqui. E a cada vez que alguém clica na opção "Curtir", é como se fosse um lembrete. Um "volta, não enterra o que um dia foi seu mundo". E é exatamente por isso que eu tô aqui, escrevendo mais uma vez e querendo contar como foi esse meu último ano, querendo saber como vai cada um de vocês.
foto: WE <3 br="" it="">
Dois-mil-e-doze.
O ano começou sorrindo pra mim. Começou ensolarado, bonito, com outros novos e bons ares. Me inscrevi no tal do SiSU em um curso que, apesar de eu gostar, nunca tinha sido o meu sonho e nunca foi realmente uma escolha de caso pensado. Me inscrevi porque perto da minha cidade, era a opção que mais me agradava e a única que eu achava que poderia dar certo. Numa surpresa boa, recebi com antecedência o resultado que dizia que eu fui aprovada - para o meu espanto - em primeira colocação e lá fui eu, rumo à Ilha da Magia (a.k.a Paulo Afonso/Bahia) cursar Ciências Biológicas.
Trote limpinho! hihihihi
Em no máximo duas semanas eu já estava completamente apaixonada pelo meu curso, pelas possibilidades que ele me oferecia, por todos os mecanismos orgânicos de cada forma de vida que anda ou rasteja pela face da terra (ou no fundo dos oceanos). Hoje, não me imagino fazendo um outro curso que não seja esse. De paraquedas, assim meio sem querer, caí no que era certo pra mim. Mudei de cidade. Não pra muito longe, só pra uma hora e meia de casa... Mas acreditem: fez uma diferença que eu nem sei explicar. Conheci um monte de gente! Tive que começar do zero, fazer amizades novas e re-aprender a filtrar, discernir quem é digno de confiança, de amizade, de valor. Paulo Afonso me trouxe pessoas que fizeram uma boa parte de 2012 valer a pena pra mim. Da mesma forma, algumas pessoas que eu já conhecia foram de uma importância imensurável.
Alguns momentos lindos, com pessoas que fizeram muita diferença s2 (não tenho foto com todo mundo que fez de 2012 um ano ímpar .-.)
É bem verdade que foi um ano corrido: estudando em turno integral, mal sobrou tempo pra aproveitar os meus (novos e velhos) amigos, sair, me divertir... Mas cada momento com essas pessoas foi um motivo pra sorrir. Conheci pessoas que enxugaram minhas lágrimas quando eu precisei, que largaram o que tinha pra fazer quando eu estive mal e que, acima de tudo, me mostraram que (nas palavras de CBJr) a vida pode ser melhor, mesmo sendo tão louca. Já em setembro, conheci de perto o trabalho do Nando Reis que fez um show lindo da turnê o Bailão do Ruivão por aqui. Ri, chorei, abracei, fui abraçada, me encantei, fui encantada. Gritei, pulei, surtei. E mais que tudo isso: estive do lado de algumas melhores pessoas do mundo. Conheci o tal do stand-up num show do grupo Humor Ereto e gostei bastante do que vi. Em contra-partida ao jeito novo de fazer humor, assisti ao show de Zé Lezin, humorista cearense que já tem alguns bons anos de carreira.
O ano, porém, não foi feito só de sorrisos. Por uma manobra maluca do destino, quase perdi minha mãe (que, graças a Deus, hoje se recupera bem e em paz), mas quando festejávamos por sua saúde, a vida robou de mim uma pessoa que ninguém vai poder substituir um dia. Aquela tia que eu dormia na casa dela quando era pirralha, que fazia formulas mágicas de amor em forma de suco, que sempre quis o melhor pra mim e que vai fazer uma falta enorme enquanto eu tiver vida. Já no finzinho, na última semana do ano, descobri uma apendicite que, mal sabia eu, iria me obrigar a passar a virada do ano no hospital, sem poder tomar nem água (ordens médicas =/).
O balanço que eu faço disso tudo é que 2012 foi um ano e tanto! Decepcionei e fui decepcionada, ri quase na mesma proporção que chorei e com toda certeza, caí na mesma proporção que aprendi. Não posso dizer que foi um ano ruim (apesar das perdas irreparáveis), nem que foi um ano perfeito (apesar dos momentos inebriantes), mas posso afirmar que foi um ano incomparável sob qualquer aspecto. E se o ano começou sorrindo, terminou dizendo mais ou menos assim: "Rema, cacete. Desiste não, olha pra frente, porra! Dois-mil-e-treze deve e vai ser crazy."

Um beijo,
Carol Meireles