Muito se faz e se fala em termos de shows e festivais. Ano após ano,
apaixonados por música desembolsam algumas centenas de reais em eventos
musicais, em busca de entretenimento e diversão, mas foi pagando apenas
18 dólares quase meio milhão de pessoas acompanharam aquele que seria um
dos maiores (se não o maior) festivais da história mundial: o Woodstock
Music & Art Fair.
Realizado numa fazenda em Bethel (NY, EUA) entre os dias 15 e 17 de
agosto de 1969, reuniu cerca de 33 artistas, dentre os quais destaco
Jimi Hendrix, Creedence Clearwater Revival, Janis Joplin e Santana, que
trataram de animar o público que ansiava por diversão. Foram vendidos
aproximadamente 168 mil ingressos antecipados e o público estimado eram
de 200 mil, mas o que se viu nos dias do festival foi uma multidão de
mais de 400 mil pessoas derrubando cercas, provocando congestionamentos e
invadindo a fazenda que seria palco do evento que marcou a história da
música.


O preço cobrado por um dormitório no local era U$1, mas a maioria se
acomodava como dava em sacos de dormir e sacolas plásticas em toda a
extensão da fazenda. Nem mesmo a chuva foi capaz de parar quem quis
permanecer até o final: mesmo a maior parte do publico (+- 320 mil
pessoas) tendo deixado a fazenda antes da apresentação antes do último
dia, uma pequena multidão esperou ansiosamente pelos acordes de Jimi
Hendrix, artista que fechou o festival. Em números oficiais, 4.062
portadores de ingresso tiveram seu dinheiro devolvido por não
conseguirem chegar no local a tempo.
Mas não foi só a música que transformou o festival em um
acontecimento histórico: Woodstock representou como nenhum outro o
movimento hippie e a contracultura do fim dos anos 60 e início dos anos
70. O público do festival, por si só, era um espetáculo a parte: a
juventude americana gritava por paz, amor e, por que não, um pouco de
sacanagem. Afinal, seria hipocrisia não citar a liberdade – e a
libertinagem - que rolaram abertamente pelo chão lamacento da fazenda
alugada por 50 mil dólares para a realização do evento.
Mais do que um conjunto de shows de altíssimo nível, a cidade de
Bethel abrigou um inebriante brinde a toda e qualquer forma de amor,
seja lá a que for. E se os números representam uma magnitude assombrosa
de um festival que prometia ser apenas mais um de muitos que estavam
sendo realizados simultaneamente durante o verão de 1969, registros
fofográficos valem muito mais que qualquer palavra que venha a ser
escrita pra definir o que o mundo viveu durante aquele fim de semana
chuvoso em meados de agosto.
Um beijo,
Carol Meireles.
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